Por que um blog?!

Falando com uma amiga no MSN, ela me disse:

“Por que você não cria um blog?”

Eu lhe respondi:

“Eu tenho uma vida! E também já tenho um profile no Orkut, uns vídeos no Youtube, um MSN... Isso já me toma tempo e ás vezes me incomoda muito... Imagina um blog!”

A televisão está presente em todo lugar, hoje ela não só se restringe ao aparelho criado por volta dos anos 20, a televisão está presente em tudo: nas revistas, nos jornais, no cinema, no rádio, no celular, na internet...

Eu acredito que isso não acontece porque as emissoras de televisão gostem que seus vídeo sejam assistidos no YouTube, que existam comunidades no Orkut como: “Sílvio Santos – E o BAMBU?”, jornais que falem mal da família Marinho e contam todo final, com 3 meses de antecedência, da novela das 8... O que acontece é que cada vez mais é necessária uma divulgação maior para que o espetáculo criado pela televisão exista, tenha vida, tenha audiência.

Se a TV é um reflexo da sociedade, isso explica o porquê cada vez mais as pessoas buscam formas de se relacionar, de se promover utilizando-se do YouTube, MySpace, MSN, Orkut, Facebook, Twitter, Blog, Videolog, Fotolog, e assim vai!

Certa vez, uma outra menina me disse:

“Olha, eu tenho um blog, um fotolog, 2 profiles no Orkut, Twitter, 15 comunidades, 3 MSNs e uma porrada de vídeos no Youtube!”.

Fiquei com medo desta menina!

Só que nesta busca por fazer com que o espetáculo se adapte ao gosto da audiência, seja comentado desde os meios de comunicação até as rodinhas de amigos da pós-graduação, os programas tornam-se cada vez mais parecidos e sem conteúdo. Todo mundo já deve ter falado algo assim sobre a tv!

Será que isso se aplica a sociedade?! Será que o meu profile no Orkut sou eu realmente ou quem eu gostaria de ser, o espetáculo que eu gostaria de exibir? Será que os meus vídeos do Youtube são recortes da minha vida ou elaborados trailers? Será que os meus comentários no meu Blog são meus, são dos outros (um plágio) ou são pensados para que os outros pensem algo sobre mim?

Então, partimos do pressuposto já levantado que a televisão é um reflexo da sociedade; tal como os programas, os indivíduos estão ficando sem conteúdo... Criam, copiam, investem no espetáculo, nas várias imagens de si próprio, preocupados com os outros e não dão atenção ao real, a eles mesmos!

O que era empregado só no mercado, nos produtos, nos serviços, na televisão, no capitalismo passou a ser utilizado (conscientemente e inconscientemente) nos seres humanos também! Se antes existia marketing de produto, hoje também há o marketing pessoal!

No livro “A Sociedade do Espetáculo”, Guy Debord com outras palavras e exemplos, fala mais ou menos isso... Com sinceridade, ninguém pode afirmar ter uma interpretação universal do livro, pois graças (ou desgraçada) linguagem empregada pelo autor, esta deixa várias lacunas a serem preenchidas a partir da bagagem do leitor, isto gera para cada indivíduo interpretações únicas, particulares e com “conteúdo exclusivo”!

O professor e experiente profissional da televisão, Roberto Brandão, disse certa vez para aos seus alunos: “Meus queridos, daqui a alguns anos todos vocês estarão trabalhando na Internet. O futuro da TV já é a Internet!”.

“Penso, logo existo!”

Descartes, pai da filosofia moderna

Tomando como inspiração o livro de Guy Debord, a afirmação do professor Roberto Brandão, os nós dados na minha cabeça nas aulas do Professor de crítica da TV, Martin Cezar, e minha bagagem cultura, resolvi criar este blog onde comentarei alguns vídeos do YouTube.

“Apareço, logo existo!”

YouTube

Nada melhor do que refletir sobre o espetáculo, tanto da televisão como dos indivíduos, comentando um dos sites mais acessados, mais polêmico do mundo e que de certa forma revolucionou a sociedade... Basta começar analisar, com um olhar bem crítico, seu nome e slogan: YouTube – Broadcast Yourself!

Quem Matou...?

“Toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

É impressionante como o recurso de “Quem matou quem?” ainda faz sucesso e mobiliza toda a sociedade. Acho que o exemplo mais marcante deste tipo de artificio narrativo foi o da novela “Vale Tudo”, escrita por Gilberto Braga em 1988.

O Brasil durante alguns dias esqueceu os problemas e só se comentava quem matou a bendita Odete Roitman.


Mas, temos alguns exemplos mais recentes, como:

- Quem matou o marido de Donatela e Flora (A Favorita)?

- Quem matou Thais, a gêmea má (Paraíso Tropical)?

- Quem matou Agatha (7 Pecados)?

É impressionante como as pessoas vivem as novelas, vivem mais a vida das personagens do que suas próprias vidas!

Muitas vezes, você sabe mais sobre a Donatela do que sobre a sua tia que mora no interior; você vive comentando sobre os problemas enfrentados pela clínica “Beleza Pura” do que os escândalos do Planalto; todo dia acessa a internet e lê o resumo das novelas e nem dá uma olhadinha na manchete de capa do jornal... Quem nunca fez ou faz isso?!

“Nossa, eu me lembro que no final de Paraíso Tropical fiquei preso no trabalho até às 20h00... Eita, voei para casa! Engraçado que as ruas estavam quase desertas... Todas as televisões que olhava estavam sintonizadas na Globo. Eu não sei o que eu fiz, mas consegui chegar em casa em 50 minutos e ainda, do celular (com medo de perder a novela) ensinei minha mãe a mexer no vídeo cassete!”


Barracos na TV

“No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenrolar é tudo. O espetáculo não deseja chegar a nada que não seja ele mesmo”.

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Como é tosca a abertura do Márcia do SBT! Mas marcou minha geração, me lembro que na escola fizemos uma versão do programa que, claro, acabou em um belo barraco. Quem não se lembra dessa musiquinha e das posses amigáveis da Márcia (que era morena na época)?



Tanto programas como: Márcia, Ratinho, João Cleber, SuperPop, entre outros, exploram mais o desenrolar das histórias, mas dificilmente mostram a conclusão... O que será que aconteceu com a vida da “mãe que descobriu que o marido engravidou sua filha”? E vou além, o que aconteceu com a vida da criança?

Será que o programa realmente ajudou a melhorar a vida desta família?

Quando assistimos a estes programas, deixamos de lado estes questionamentos, nos divertimos, nos comovemos com aquele momento, com o espetáculo, e depois, mudamos de canal.

Por que será que estes programas (com exceção do Casos de Família do SBT) não mostram o suposto final feliz da história? Como a participação no programa alterou a vida dos participantes? Será que daria audiência, será que você assistiria?


Mas, isso, de valorizar mais o desenrolar da história do que a conclusão não é apenas praticado pelos programas sensacionalistas, populares... Lembram-se do caso do menino João Hélio ou da menina que foi baleada no Rio de Janeiro saindo do metrô? Você consegue lembrar os nomes ou o que aconteceu com os assassinos?

Mas, aposto, que pelo menos você se lembra da massiva cobertura realizada pelos principais telejornais! Se analisarmos com atenção, o caso do menino João Hélio, a gente se lembra mais da entrevista feita pela Fátima Bernardes, na qual ela chorou, do que o que aconteceu com os assassinos.

Parece que também no jornalismo, o final não tem tanta importância! Qual é o nome mesmo da menina baleada ao sair do Metrô no Rio de Janeiro? O que aconteceu? Descobriram os assassinos? Os pais dela criaram uma ONG?


Sensacionalismo – Menina Isabella

“A realidade objetiva está presente dos dois lados. Assim estabelecida, cada noção só se fundamenta em sua passagem para o oposto: a realizada surge no espetáculo, e o espetáculo é real. Essa alienação recíproca é a essência e a base da sociedade existente.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Durante quase 2 meses vivemos a morte da menina Isabella! Quem não se chocou ao saber que o pai e madrasta haviam atirado, viva, a menina do 6º andar? Além disso, muitas pessoas se chocaram com a cobertura feita pela mídia e também com a comoção das pessoas.

Durante a cobertura do caso Isabella, me chamou muito atenção uma senhora que se perguntava o porquê estava tão emocionada com tudo aquilo, o porquê sentia que a Isabella fazia parte de sua vida, como se fosse uma filha ou uma neta. Essa senhora se quer morava em São Paulo!

O Brasil passou a viver a morte da menina, o sofrimento da mãe e da família. E deixou de lado o escândalo dos cartões corporativos e as milhares de Isabellas que morrem todos os dias.

No YouTube, você encontra mais de 40 vídeos só homenageando a menina, este logo abaixo é o mais popular e foi visto por mais de 9 milhões de internautas. Clique e seja mais um! Se você já não é?!

E deixo as seguintes perguntas no ar: “O que realmente de concreto tal episódio acrescentou, alterou na sociedade brasileira? Foi criada alguma lei mais severa ou algo parecido?”.


Jornal Nacional não erra

“O espetáculo se apresenta como uma enorme positividade, indiscutível e inacessível. Não diz nada além de “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. A atitude que por princípio ele exige é a da aceitação passiva que, de fato, ele já obteve por seu modo de aparecer sem réplica, por seu monopólio da aparência.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Quem nunca perdeu horas e deu muitas risadas assistindo no YouTube os erros cometidos em telejornais! Se for no Jornal Nacional, vira caso de você chegar em casa e até chamar os seus pais para assistir.


Quando mostrei este vídeo para minha mãe, ela não acreditou no que estava vendo... Daí, mostrei uma das milhares de coletâneas de erros da Globo e de outros canais! Demos muitas risadas, mas foi difícil para ela acreditar.

É isso que acontece, os vídeos com as “pérolas” cometidas nos telejornais se tornam tão populares e divertidos porque para nós eles não erram, tudo que eles dizem é verdade e ponto final.

Outro fato que me chama atenção, é que hoje alguns repórteres aparecem mais do que a notícia... Quando a Fátima Bernardes fez a famosa chapinha japonesa pela primeira vez, a centra de atendimento ao telespectador da Globo ficou congestionada de tantas ligações, todo mundo queria saber o que a Fátima havia feito no cabelo!

Claro que a maioria busca uma postura profissional como é o caso do casal do JN, e evita aparecer mais do que a notícia, porém, tem uns que fazem questão de aparecer... Daí, pergunto a vocês: “Qual e quando foi a última grande matéria realizada pela Glória Maria? E quando foi a última vez que ela esteve na Ilha de Caras?”.

A sensação que tenho é que a gente analisa não a notícia em si, o seu conteúdo e como ela vai impactar em nossas vidas... Mas sim, em quem está transmitindo aquela notícia! Alguém já me disse algo assim: “Olha, todos os telejornais podem dar a notícia... Mas só acredito se ela for dita no Jornal Nacional e, de preferência, pelo William Bonner.”.

Antes de dar o famoso “Boa Noite”, gostaria de deixar vocês com a mais recente e impressionante “pérola” cometida pelo apresentador William Waack no Jornal da Globo! Esta já foi assistida por mais de 1.500.000 internautas e, até agora, é difícil de acreditar!


Boa Noite :D

Filmes

Neste post não deixarei muitos comentários pessoais escritos, acho que eles já estão explícitos nos vídeos! No rodapé você encontra a sinopse dos filmes que tem como fonte o site Cineclick.


As Pontes de Madison

Mas gostaria de deixar registrado que gosto muito dos filmes citados (menos um) e acima deixo a cena do emocionante “As Pontes de Madison”. Talvez vocês não entendam o porquê o coloquei aí, sugiro que assistam o filme e viajem um pouco na reflexão... Analisem a partir do ponto de vista de uma dona de casa interiorana.

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“O princípio do fetichismo da mercadoria, a dominação da sociedade por “coisas supra-sensíveis embora sensíveis”, se realiza completamente no espetáculo, no qual o mundo sensível é substituído por uma seleção de imagens que existe acima dele, e que ao mesmo tempo se fez reconhecer como o sensível por excelência.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Cena do Filme Enfermeira Betty**


“O mundo presente e ausente que o espetáculo faz ver é o mundo da mercadoria dominando o que é vivido. E o mundo da mercadoria é assim mostrado como ele é, pois seu movimento é idêntico ao afastamento dos homens entre si e em relação a tudo que produzem.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Trailer do Filme S1m0ne (Simone)***


“A tão evidente perda da qualidade, em todos os níveis, dos objetos que a linguagem espetacular utiliza e das atitudes que ela ordena apenas traduz o caráter fundamental da produção real que afasta a realidade: sob todos os pontos de vista, a forma-mercadoria é a igualdade confrontada consigo mesma, a categoria do quantitativo. Ela desenvolve o quantitativo e só pode se desenvolver nele.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Ps.: Me nego colocar este vídeo aqui, então só deixo o link: http://br.youtube.com/watch?v=MusJkunQgy4. Este vídeo é um tentativo de uns retardados de fazer uma versão do seriado e do filme Jackass (que só nos EUA conquistou nas bilheterias mais de 70 milhões de dólares) e teve duas continuações.


“Esse desenvolvimento que exclui o qualitativo também está sujeito, como desenvolvimento, à passagem qualitativa: o espetáculo significa que ele transpôs o limiar de sua própria abundância; isto só é verdade localmente em alguns lugares, mas já é verdade em escala universal, que é a referência original da mercadoria, referência que seu movimento prático confirmou, ou unificar a Terra como mercado mundial.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Homem Aranha Falando Japonês



* As Pontes de Madison - Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), seus filhos descobrem, por meio de um diário, que a mãe teve um rápido e intenso relacionamento extraconjugal com um fotógrafo da National Geographic (Clint Eastwood). No verão de 1965, enquanto o marido e os filhos estão viajando, Francesca, uma fazendeira de Iowa, recebe a inesperada visita do fotojornalista Robert Kincaid (Clint Eastwood). Ele pede informações sobre as pontes de Madison, as quais deverá fotografar para a revista onde trabalha. Francesca fornece as informações, mas acaba se envolvendo com Kincaid. O romance é tão intenso quanto rápido: dura apenas quatro dias. Quando os filhos descobrem o amor secreto da falecida mãe, passam a questionar seus próprios casamentos.

**Enfermeira Betty - Betty (Renée Zellweger) é garçonete em Kansas City e adora uma certa telenovela cujo galã é o Dr. David Ravell (Greg Kinnear). Após presenciar o assassinato do marido por traficantes de drogas, ela passa a misturar fantasia e realidade e pensa que a novela é a vida real. Agora ela acha que é a enfermeira Betty, ex-noiva do médico bonitão da novela, e parte para Los Angeles a fim de reatar o romance. Enquanto isso, os assassinos de seu marido estão à sua procura, pois acreditam que há droga roubada escondida no carro de Betty.

***Simone - O produtor de filmes Viktor Taransky (Al Pacino) quase entra em parafuso quando a estrela de seu próximo trabalho desiste de participar da produção e deixa-o na mão. Sem poder colocar tudo a perder, Taransky decide criar digitalmente uma nova atriz para substituir a de carne e osso. Assim nasce Simone (Rachel Roberts). O problema é que, do dia para a noite, a artista virtual vira sensação e todos acreditam que ela é, de fato, uma pessoa de verdade.

Meda

Quem não deu umas boas risadas assistindo o quadro Meda, do programa Pânico na TV? Acredito que até Guy Debord, aonde ele estiver, dá umas boas risadas e entra, literalmente, em pânico ao constatar o que havia escrito se tornar algo ainda maior... Tornara-se um evento em Campos de Jordão aonde algumas celebridades se reuniram para realizar uma competição de cachorros, onde pets têm status de estrela, roupas de marca, “personal cleaner”...

Campos de Jordão

“A fase atual, em que a vida social está totalmente tomada pelos resultados acumulados da economia, leva a um deslizamento generalizado do ter para o aparecer, do qual todo “ter” efetivo deve extrair seu prestígio imediato e sua função última. Ao mesmo tempo, toda realidade individual torna-se social, diretamente dependente da força social, moldada por ela. Só lhe é permitido aparecer naquilo que ela não é.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

Além de dar risada de toda futilidade escancarada pelo apresentador Cristian Pior e Sabrina Chato, nós também damos risada porque nos identificamos com algumas situações. Quem nunca comprou um objetivo pirata, de qualidade muito duvidosa, só para falar: “Olha, meu novo tênis Nike?” ou “Menina, essa minha bolsa Cristian Dior é tão grande, parece uma mala de viagem!”.

Meda – Especial Natal na 25 de Março – Parte 1


Outro fato, que nos faz apelar aos produtos piratas é que as mercadorias, por mais qualidade que possuem, se tornam descartáveis com o tempo. Por que vou gastar R$200,00 em um tênis Nike, se daqui a 3 meses ele já estará velho? Então, é melhor comprar um de R$50,00, vai causar a mesma sensação entre as meninas! Daqui 3 meses, eu uso este pra jogar bola e compro um mais recente, um mais na moda.

Além disso, esqueço que estou em um programa de televisão, levo o tênis para casa e não dou nenhuma satisfação, sem me importar que estarei aparecendo em rede nacional com uma pessoa que “deu uma Elza” na equipe do Pânico!

Meda – Especial Natal na 25 de Março – Parte 2


É interessante ver que acabamos realmente valorizando mais o ter, o aparecer, do que o produto em si! Da mesma forma que há uma super valorização do produto – é um absurdo uma calça jeans da moda custa R$2.000,00 – também há uma banalização – depois que a moda passou ela fica em uma liquidação em ponta de estoque por R$70,00.

Além disso, as pessoas passam a ter qualidades com marca registrada... Fulana veste Ciclano, Beltrano e calça Alexandre Pires! Não interessa se o individuo é inteligente, anoréxico, rico, dá calote, tem caráter, abusa de menores, compra drogas no morro, atropela inocentes... O importante é que ele é julgado e elogiado pelas marcar que veste!

Acho que Debord teria um infarto se fosse no SPFW!

Pânico no SPFW


Só que nem sempre o sistema gira a favor do “capitalismo honesto”, essa valorização da imagem, do ter, do aparecer faz com que exista a pirataria, faz com bolsas sejam fabricadas em condições subumanas por crianças e adultos praticamente escravizados. Da mesma forma que o sistema ganha milhões incentivando cada vez mais o ter para aparecer, para viver; ele também perde milhões com o próprio veneno!

Religião Pós-Moderna

Há muito que dizem que Paulo Coelho virou uma religião! É engraçado notar que muitos de seus discípulos reneguem o passado do mago! Como relembrar é viver, dêem uma olhadinha neste vídeo.

Raul Seixas e Paulo Coelho nos EUA



Chega a ser estranho ver Paulo Coelho ao lado de Raul Seixas fazendo um vídeo totalmente hippie e, claro, tirando um sarro dos EUA. Porém, a partir da biografia “O Mago” escrita por Fernando Morais, o grande sonho de Paulo era ser milionário desde pequeno, contraditório, não é?! Será que nesta época ele já estava colocando seu “maligno plano capitalista” de dominar o mundo em prática ou será que esta sutil contradição faz parte da tal Sociedade Alternativa? Independente disso, ele deveria ter praticado melhor seu inglês!

Comercial Paulo Coelho - HP


Se a sociedade Pós-Moderna irá se caracterizar pela: Perda da Razão, Relativismo, Hedonismo, Conservadorismo, Apatia e Reencantamento do Mundo, na religião já temos alguns sinais divinos!


Relativismo e Hedonismo – Toninho do Diabo


Ps.: Relativismo: “É só brincadeira, diversão, esse cara é maluco...”. Hedonismo: “eu toco fogo!”.

Ps2.: Toninho do Diabo foi um dos primeiros hits da internet e do programa “Piores Clips da MTV”.


Conservadorismo e Apatia - Henri Cristo – Versão Umbrella


Ps.: Conservadorismo é só olhar o semblante do Henri Cristo e Apatia é só olhar as suas seguidoras.

Reencantamento do Mundo - Paulo Coelho, o ator!


Ps.: A novela “Eterna Magia” foi um fiasco em audiência.


Perda da Razão – Funk da Menina Pastora

Ps.: Acho que a perda da razão se aplica a todos os vídeos citados!

O Funk da Menina Pastora foi um dos indicados na categoria WEB Hit do VMB 2007... É interessante ver que dos 5 vídeos concorrentes, 3 tinham alguma ligação com religião... O grande vencedor foi:

Vai Tomar no Cú


Ps.: O outro vídeo que concorreu foi o ótimo: “O Jardineiro é Jesus e As Árvores Somos Nozes”.

Eu não tenho uma comunidade no Orkut

“O homem separado de seu produto produz, cada vez mais e com mais força, todos os detalhes de seu mundo. Assim, vê-se cada vez mais separado de seu mundo. Quanto mais separado de torna seu produto, tanto mais ele se separa da vida.”

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord


“O nome já diz”



Ps.: Video vencedor do XIII FEstival do Minuto de 2006, Regional São Paulo. Tema "Comunidades da Internet".

Capítulo IV

Se até mesmo Guy Debord se perde, se atrapalha ao tentar justificar, por meio de seus ideais políticos, e buscar mostra para o leitor que a solução as questões que levantou no livro “A Sociedade do Espetáculo” estão nestes ideais; então, por que nossos representantes no poder não podem se atrapalhar também?!


Tem espetáculo maior do que a política, tem coisa mais agitada, séria, que assistir um debate na câmera dos deputados ou um encontro entre chefes de estado?!

É tanta pressão para que o espetáculo seja um sucesso, seja convincente... Que nossos representantes trocam até as bolas, partidos, ou melhor, até os nomes. Confiram o Top 5 e fiquem de olho no nº 1!




Talvez a melhor solução seja não levar a política muito a sério, tomar uma bebidinha, ver o mundo por meio de metáforas e, claro, relaxar e gozar!



Se isso não funcionar, é melhor deixar de lado o discurso ambíguo, confuso, populista, demagógico e partir para a ação! Calar a boca e trabalhar com honestidade e competência, respeitando o próximo e a si mesmo, buscando que seus ideais tenham aplicação prática e contribuam para o bem da população e não só sirvam para inflar egos.

Se levante e faça a diferença!



Tudo que é sólido desmancha no ar

Quem poderia imaginar que um homem bêbado viraria um dos maiores hits do Youtube, MySpace, Orkut e se tornaria destaque dos principais portais de notícias e também assunto para programas nacionais e internacionais de televisão.



Enquanto muitas pessoas fazem de tudo para atingir o estrelato, ter os seus preciosos 15 minutos de fama, basta assistir aos vídeos dos aspirantes a BBBs, o pobre (em todos os sentidos) Jeremias, de tão bêbado, não tinha idéia de que uma câmera o estava filmando e que um DJ o transformaria em uma estrela.



Será que há uma mudança de valores na sociedade?! Antigamente, para ser famoso era preciso ter algo a oferecer, era preciso ter algum tipo de talento! Pergunto-lhe: “qual é o talento de Jeremias?”.

Vou além, o que a fama contribui na vida de Jeremias? Há algum tempo foi divulgado que Jeremias havia morrido e houve até repórteres investigando o que teria acontecido com o camarada “pé-de-cana”. Em um vídeo, que preferi não colocar neste post (link: http://br.youtube.com/watch?v=rybL0Wvs9DY), você se depara com um Jeremias em um estado deplorável, fugindo das câmeras. Parece que a fama não lhe fez bem, pelo contrário!

E por que tudo isso? Quem saiu ganhando? Posso lhe garantir que não foi Jeremias!

Se o mundo pós-moderno vai sofre de uma crise de valores, uma crise da razão... Um dos sinais é ter como ídolo uma cantora muito talentosa e muito drogada?

Mas, daí você deve falar: “Tudo é relativo!”. Será que essa indústria capitalista que alimenta a nossa vida de fofocas, de modismos, de produtos, que enche os bolsos com rios de dinheiro; também não alimenta a autodestruição de Amy Winehouse? Que vira modelo para crianças...



Que aparecem no Fantástico!



E se no meio de tanto relativismo, além de tentar cantar, se vestir, quem garante que ela não se drogará, não se autodestruirá também?

Resta saber qual será o limite... Quem desmanchará primeiro, nós ou eles? E de quem será a culpa?!

Ops, agora eu tenho um blog!

Acho que nada mais digno que finalizar este blog me colocando em evidência!

Alguns dos vídeos que foram citados neste trabalho, são vídeos dos quais gosto muito e que já dei muita risada sozinho e com meus amigos!

Além disso, tenho SIM meus vídeos no Youtube, tanto os que produzi, como aqueles que vocês poderão me ver “em carne e osso”! Depois de tanto opinar, esta na hora de vocês opinarem! Bom divertimento!

Ps.: Em alguns vídeos, assino como Lorenço Menezes... Por quê?! Porque me chamo Lorenço Menezes Vieira e é bom agradar tanto a minha mãe como meu pai.

Um Amor Salgadinho


Ps.: Esse curta faz jus a descrição de um vídeo de entretenimento, pois foi feito por meio de uma produção coletiva, onde o nosso objetivo foi nos divertir e também fazer com que os espectadores dessem muitas risadas. A Coxinha, como ficou conhecido nosso curta, ganhou alguns prêmios e, vira e meche, é exibido em festivais brasileiros e internacionais. A massa se apaixonou pela Coxinha! Quem não se apaixona?


Cactos


Ps.: Cactos pode ser descrito como uma obra de arte, mas isso não quer dizer que seja ótimo, maravilhoso (não quer dizer, mas pode)... Foi um vídeo muito autoral, tanto meu como da Vanessa, que dirigiu e escreveu junto comigo. Passou em alguns festivais aqui de São Paulo e dividiu opiniões!

Entrevista com Cibar Ruiz da TBWA - Edição Extra


Ps.: Que tal um disruption? Adoro esta matéria, que foi a primeira que fiz pra TV “oficialmente”. Por vários motivos:

- Em 10 anos de Edição Extra nenhum aluno de pp havia entrevistado e produzido para o programa (e continua assim até hoje, fui uma exceção mantida em segredo);

- Quem me conhece sabe que não sou um kra do comercial da Gilete e, sim, da BIC;

- Cachorro é tudo de bom, principalmente o meu (acho genial esse comercial);

- Cibar Ruiz é um grande publicitário e fiquei muito lisonjeado em conhecê-lo. Ele não é como alguns que possuem um grande ego e tem uma sombra de grande publicitário!


SDM – Seres Do Mal



Ps.: Nem eu consegui fugir dos clips com fotos e música de gosto duvidoso, melhor, meloso. E também nem quero! Com certeza, isso não é um trailer bem elaborado, mas sim um recorte da realidade!

Existo e, em alguns casos, apareço!

Foi um prazer!

Quem sou eu?! Lorenço Vieira

Meu nome é Lorenço Vieira, tenho 23 anos, sou formado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero e, atualmente, faço pós-graduação em Produção Executiva e Gestão da TV.

Sou de Capricórnio com ascendente em Aquário, moreno, magro, modelo, tenho 1,79m, olhos castanhos escuros, olhar sexy, corpo em forma, pratico natação e musculação, gosto de ir a praia e surfar nos finais de semana, meu estilo é casual / despojado, me considero uma pessoa modesta, espirituosa e curto estar em contato com a natureza.*

“No momento em que a massa de mercadorias caminha para a aberração, o gadget** é a expressão do fato de o próprio aberrante tornar-se uma mercadoria especial. Nos chaveiros-brindes, por exemplo, que não são comprados mas oferecidos junto com a venda de objetos de valor, ou que decorrem de intercâmbio em circuito próprio,é possível perceber a manifestação de uma entrega mística à transcendência da mercadoria. Quem coleciona chaveiros que acabam de ser fabricados para serem colecionados acumula as indulgências da mercadoria, sinal glorioso de sua presença real entre os fiéis. O homem reificado exibe a prova de sua intimidade com a mercadoria”.

A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord

*Alguns adjetivos podem coincidir com milhares de descrições que você encontra em sites de relacionamento, deixo bem claro que isto é uma mera coincidência.

** Em inglês, engenhoca, ou pequeno dispositivo, que se caracteriza por cumprir funções supérfluas (ou não :) )

Quem eu não sou?! Guy Debord

Guy Debord (Paris, 28 de dezembro de 1931 — 30 de novembro de 1994) foi um escritor francês. Foi um dos pensadores da Internacional Situacionista e da Internaciona Letrista e seus textos foram a base das manifestações do Maio de 68.

A Sociedade do Espetáculo é o trabalho mais conhecido de Guy Debord. Em termos gerais, as teorias de Debord atribuem a debilidade espiritual, tanto das esferas públicas quando da privada, a forças econômicas que dominaram a Europa após a modernização decorrente do final da segunda grande guerra.

Ele faz a crítica, como duas faces da mesma problemática, tanto ao espetáculo de mercado do ocidente capitalista (o espetacular difuso) quanto o espetáculo de estado do bloco socialista (o espetacular concentrado).

Fonte: Wikipédia

Quem eu serei?! Forrest Gump e Dercy Gonçalves

Quero conhecer muitas pessoas, aparecer na televisão (com classe), viver momentos históricos, fazer a diferença; independente da idade, do lugar e das pessoas, correr sem me preocupar com nada, só curtindo o vento em meus cabelos!

Quero sentar em um banco de uma praça, brincar com meus filhos, entra em uma sala de aula, tagarelar enquanto espero o ônibus, ministrar palestras no CVSP e ser um contador de histórias.

Além disso, quero viver muito, falar muitos palavrões e ser um monstro da televisão!

Ps.: Uma sutil homenagem a uma mulher do “caral**”, Dercy Gonçalves, que morreu durante e execução deste trabalho.