“No espetáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenrolar é tudo. O espetáculo não deseja chegar a nada que não seja ele mesmo”.
A Sociedade do Espetáculo – Guy Debord
Tanto programas como: Márcia, Ratinho, João Cleber, SuperPop, entre outros, exploram mais o desenrolar das histórias, mas dificilmente mostram a conclusão... O que será que aconteceu com a vida da “mãe que descobriu que o marido engravidou sua filha”? E vou além, o que aconteceu com a vida da criança?
Será que o programa realmente ajudou a melhorar a vida desta família?
Quando assistimos a estes programas, deixamos de lado estes questionamentos, nos divertimos, nos comovemos com aquele momento, com o espetáculo, e depois, mudamos de canal.
Por que será que estes programas (com exceção do Casos de Família do SBT) não mostram o suposto final feliz da história? Como a participação no programa alterou a vida dos participantes? Será que daria audiência, será que você assistiria?
Mas, isso, de valorizar mais o desenrolar da história do que a conclusão não é apenas praticado pelos programas sensacionalistas, populares... Lembram-se do caso do menino João Hélio ou da menina que foi baleada no Rio de Janeiro saindo do metrô? Você consegue lembrar os nomes ou o que aconteceu com os assassinos?
Mas, aposto, que pelo menos você se lembra da massiva cobertura realizada pelos principais telejornais! Se analisarmos com atenção, o caso do menino João Hélio, a gente se lembra mais da entrevista feita pela Fátima Bernardes, na qual ela chorou, do que o que aconteceu com os assassinos.
Parece que também no jornalismo, o final não tem tanta importância! Qual é o nome mesmo da menina baleada ao sair do Metrô no Rio de Janeiro? O que aconteceu? Descobriram os assassinos? Os pais dela criaram uma ONG?
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